Direito de Família na Mídia
Steven Rehen ressalta a importância das pesquisas com células tronco embrionárias
23/04/2007 Fonte: STFA pesquisa com células tronco embrionárias é a única possibilidade de se chegar à sua plena utilização terapêutica. É assim que pensa o presidente da Sociedade Brasileira de Neurociências e chefe do laboratório de células tronco embrionárias do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Steven Rehen. Ele trabalha com células tronco embrionárias humanas desde 2006.
Em sua apresentação durante a audiência pública sobre Biossegurança no STF, Rehen procurou demonstrar as diferenças entre dois diferentes tipos de células-tronco: as embrionárias ou pluripotentes, que são derivadas de embriões com cinco ou sete dias, e que são capazes de gerar todas as outras células do corpo; e as adultas ou multipotentes, capazes de se diferenciar em tipos restritos, e que são derivadas de vários tecidos da medula óssea, fígado, polpa de dente e do cordão umbilical.
O cientista salientou ser importante lembrar que essas células embrionárias jamais terão contato com o útero materno. Segundo o cientista, elas são produzidas ‘in vitro’, excedentes das clínicas de fertilização.
Como exemplo da importância das células pluripotentes, Rehen demonstrou, com o auxílio de imagens, que as células-tronco embrionárias têm potencial para se transformar em neurônios, o que não é possível para as células chamadas adultas. Essas células, implantadas no cérebro, podem passar a fazer parte da rede neural do cérebro.
Além disso, o cientista disse que a pesquisa com células-tronco embrionárias é importante porque ela nos possibilitam entender como se formam nossos órgãos e a origem de várias doenças, como câncer, Parker e Alzheimer.
Steven Rehen finalizou sua palestra ressaltando que existe ainda um longo caminho até a utilização clínica das células-tronco embrionárias, como foi no caso das adultas. E que é necessário dar mais tempo para as pesquisas. "Mas é importante ter em mente que, com a pesquisa, existe a possibilidade de tratamento. Sem a pesquisa, a única certeza que teremos é que não haverá tratamento", concluiu.